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Posts Tagged ‘Copa dos Campeões’

Todos sabemos que Iarley adentrou o Beira-Rio no último sábado e fez com o Inter o que costumava fazer aos adversários colorados em anos pregressos, confirmando-se como o Ryan “Interminável” Giggs do futebol brasileiro. Sabemos mais: que o Grêmio de mais sorte que juízo do Renato fiou mais uma vez uma vitória sua nos pactos e sangrias macabras cujos poderes selam o gol de Victor e inclinam os adversários a atos incompreensíveis, tal qual gols contra de invulgar categoria. Sabemos disso tudo.

Ocorre que isso tudo se reduz à categoria dos acontecimentos comezinhos, ordinários, à segunda rodada de um campeonato enfadonho de 38 delas e sem final. Enquanto isso, no reformado Wembley, também no sábado, um argentino de 24 anos, radicado na Catalunha desde o limiar da adolescência, fez ecoar as trombetas do apocalipse e sepultou qualquer crença sobre a necessidade dos três volantes no futebol, sobre a cultura defensivista, sobre tudo aquilo que Felipão, Celso Roth, Mano Menezes (pré-cariocalização) tomaram como verdade inequívoca e que eu e tantos outros reverenciamos numa liturgia ortodoxa nos últimos anos.

Uma a uma, Li(e)onel Messi fez tombar todas as certezas que o futebol gaúcho ou o futebol gaúcho que eu idealizei firmou durante décadas. E por mais que eu tentasse apagar o televisor, meus dedos não obedeciam. E por mais que eu desejasse praguejar depois de cada gol ou lance inverossímil do Barça, minha boca insistia nas gargalhadas, e as lágrimas eram todas de alegria, uma alegria perversa, mas verdadeira.

E aí o que me resta depois deste fim de semana é voltar a torcer pelo Grêmio, e aceitar que não se trata mais de futebol, trata-se de paixão, de fidelidade com uma bandeira, da construção de uma identidade e do engajamento em defendê-lo mesmo em terrenos inóspitos. O futebol de verdade, provou o Barça novamente no sábado, tem relação estreita com a beleza, e nesses casos o resultado quase é rebaixado à categoria do coadjuvante, numa utopia de se valorizar o jogo, a habilidade, o conjunto, nunca o placar. É claro que a doutrina de vida ocidental condenaria tal escolha e imporia sobre Barcelona algum embargo econômico ou forjaria armas químicas em seu território para não permitir a repetição de sua cultura romântica em outras localidades. Mas quem não pagaria para ver Messi, Xavi, Iniesta e todos os outros artistas catalães jogarem o que sabem, mesmo sem um placar para quantificar em gols o resultado? Restaria a medida da beleza nos olhos de cada espectador, produto abundante em mágica, contudo impossível de apalpar.

Mas nesta final da Champions ainda havia placar, ainda havia a medida pragmática, ainda havia a medida que sonega o real valor do futebol barcelonista. Restou a Pep Guardiola e seus asseclas, então, reafirmarem que vencem nas duas esferas, que alcançaram um grau de entrosamento tal que, mesmo diante de esquadras de erros escassos, esquadras de movimentos sub-reptícios e positivistas, esquadras pragmáticas, como a do Manchester United, reafirmarem que não há no momento time capaz de anular seu futebol vencedor, sua poesia redentora independente de resultados. Pedro, Messi e Villa fizeram os gols azul-grená. Rooney garantiu a honra dos ingleses no placar clássico de 3 a 1.

As próximas quartas, quintas, os próximos sábados e domingos virão, e com eles mais jogos do Brasileiro. O futebol, contudo, adormece até agosto, quando o Barcelona volta aos campos. Até lá, peço a Renato que não tente fazer seu time jogar futebol, peço a Renato que tente fazer seu time ganhar, tente fazer o que é possível, isso basta. O impossível, desde 2008, apenas um clube consegue. O resto é fidelidade, bandeira, paixão inalienável, mas nunca futebol.

 

Tudo sobre a final aqui.

 

Guilherme Lessa Bica

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Há uma dicotomia de cinco séculos, há um maniqueísmo ancestral, há uma clara confrontação de duas visões de mundo irreconciliáveis nessa final da Champions League entre Barcelona e Manchester United. Há mais, muito mais. Há o calor, a pulsação frenética, a natureza sanguinea de uma Catalunha – região onde fica Barcelona e cuja emancipação é reivindicada nos dias de hoje com o mesmo fervor que os estancieiros levantaram guerra por aqui, em 1835 – representada em detrimento da Espanha. Há, de outra parte, o calculismo enregelado, a sobriedade aristocrata, até mesmo o céu plúmbeo industrial de uma Manchester que prova a cada dia ser a capital inglesa do futebol, ainda que Liverpool e Londres insistam em sonegá-la. Há, portanto, o romantismo azul-grená cujo futebol remete a textos de Cortázar, Faulkner, Raduan Nassar, a prosa que se assanha em bailes promíscuos e libidinosos com a linguagem poética. Dividindo o campo com o pragmatismo vermelho britânico que pouco erra, que engendra construções táticas em claro objetivo de anular o adversário e açoitá-lo, no minuto seguinte, em contra-ataques inapeláveis.

A verdade inexorável, vos digo, é que a decisão em Wembley permite a famosa ‘Nega’ no par ou ímpar, pedra tesoura e papel, jogo da velha ou qualquer outro jogo de azar ou sorte que as duas equipes travam em gramados europeus e que resultou num empate de duas Copas dos Campeões para cada lado na última dezena de anos. Além do favoritismo nascido da natureza alienígena que inventou em seu futebol, o Barça traz consigo as lembranças benfazejas da decisão de dois anos atrás, quando derrotou os Diabos Rubros ainda com o patrício, modelo, gogoboy e quilôMetrossexual Cristiano Ronaldo.

Rooney: o leitão rebelde

Ocorre que o gajo não alinha há duas temporadas o time inglês. O que reinstalou a soberania do maior fiador que o Manchester possui em seu futebol há mais de 20 anos. Alex Ferguson. O escocês de tez rosada, olhos pequenos e ruminação eterna de um chicle – que deve ser o mesmo que o ajudou a largar o tabagismo há uns 150 anos –, o escocês e Sir é o treinador eternoem Old Traford, mago incontestável do terreno lindeiro ao campo, responsável maior pela ascensão de seu time ao panteão de grandes europeus, ou retorno a ele, algo que não acontecia desde as décadas de 60 e 70, décadas de Bob Charlton e George Best.

Para a contenda de amanhã, Ferguson aposta em alguns figurões, ainda que o coletivo seja o craque propulsor da equipe. Van Der Sar – El Maledeto! – encerra a carreira em Wembley; Vidic, zagueiro sérvio cuja frieza remete ao lendário Dolph Lundberg, vive seu melhor momento; Giggs, o interminável, aos 37 anos e com as têmporas denunciando a idade avançada numa coloração cinza claro, distribui assistências com a saúde de um neófito; e Rooney, o leitão rebelde, carrega nalgum canto de seu temperamento explosivo um futebol de mesma proporção, basta saber se ele estará disponível desta vez.

Ferguson, contudo, terá que lidar com algo que está além de nossas vãs compreensões, de nossos cérebros arcaicos e subdesenvolvidos de primatas pouco mais elaborados. O Barcelona sempre carregou consigo a empáfia futebol bem jogado, do passe simples e belo, sempre encampou a doutrina do não-balão. O que Pep Guardiola fez nestes últimos anos à frente da principal bandeira esportiva catalã, porém, foi elevar esse conceito ao seu máximo, torná-lo inviável de se copiar em qualquer outro time do mundo que não tenha sido forjado nas canteiras – divisões de base do Barcelona – quintal mágico onde esses homens de agora são iniciados ainda meninos em matérias pautadas na elegância de Beckenbauer, na inteligência de Kroeff, no chute de Rivelino, na condução de bola de Maradona, na realeza de Pelé.

O Barcelona é a prova de que qualquer garoto, por mais desajeitado que seja, pode aprender os meandros básicos do drible, do passe, do chute, vide Piqué e Valdés. Puyol, é claro, configura-se na exceção para confirmar a regra. Xavi, Iniesta, Busquets e sobretudo Messi, o ET Messi, o ‘QuePorraÉEssaQueEleTáFazendo’ Messi, representam o mais alto grau desta crença. Messi desmancha marcações com a mesma facilidade inverossímil que um homem médio derrubaria uma parede grossa de concreto empurrando-a com cuidado, sem forçar nada, como se a marcação, no caso de Messi, a parede, no caso do homem, aceitassem sua condição coadjuvante, e se rendessem ao futebol mágico do argentino.

Xará de Brizola; futebol de Maradona

A dicotomia, o maniqueísmo, o confronto ancestral entre romantismo e pragmatismo não cessará depois deste sábado. Mas que conceitos serão revistos, certezas cairão por terra, sonhos tombarão esquartejados, suor e lágrimas copiosas derramar-se-ão pelo gramado derradeiro, numa resolução bela e trágica ao mesmo tempo, sobre isso não restam dúvidas. As feridas e as alegrias de qualquer final tatuam-se por tempo considerável na pele daqueles que a acompanham mesmo à distância, protegidos pelo anonimato. As feridas e as alegrias de uma final de Champions League cobram sua memória para sempre.          

 

Tanto a imprensa espanhola quanto a inglesa cravaram as escalações nos pergaminhos heréticos de seus jornais, e asseguram que Pep Guardiola e Alex Ferguson adentram o gramado adestrandro os pupilos abaixo.

Barcelona: Valdés; Daniel Alves, Piqué, Mascherano e Puyol; Busquets, Iniesta e Xavi; Pedro, Villa e Messsi.

Manchester United: Van der Sar; Fabio, Ferdinand, Vidic e Evra; Carrick, Giggs, Park e Valencia; Rooney e Hernandez.

 

BARCELONA  x  MANCHESTER UTD (Amanhã, às 15h45min, “Estádio, Tempo, irmão gêmeo do Maracanã” Wembley, Londres/ Inglaterra)

 

Guilherme Lessa Bica  

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Champions League

 

Na última terça-feira, dia 15, teve início o maior campeonato de clubes do mundo. Na verdade o campeonato já estava acontecendo, só que numa fase “pré-Champions”. Com os grupos formados (e pelo menos dois deles são “da morte”) os embates tiveram início. Como a temporada européia ainda engatinha, alguns grandes jogos desta fase de idas nos grupos serão decepcionantes (caso de Inter e Barça, já na primeira rodada). A falta de ritmo e entrosamento dos conjuntos é evidente, mas nada que um mês com as ligas nacionais a todo vapor não resolva.

 

Segue uma breve análise (com palpite dos dois classificados à próxima fase, resultados e classificação) grupo a grupo, do que acontece no campeonato que agrega o maior número de craques no futebol terrestre.

 

Grupo A

Bayern de Munique – 3

Juventus – 1

Bordeaux – 1

Maacabi Haifa – 0

 

Os bávaros foram até Israel e mostraram sua tradicional força. O novo estilo operário e veloz de Van Gaal começa a render frutos (assim como no início arrasador na Bundesliga). Dois gols de Thomas Muller e um de Van Buyten decretaram a vitória por 3 a 0 do Bayern sobre o Maacabi Haifa.

 

A Vecchia Signora sem Diego é um time totalmente comum. Ainda mais com Alessandro Del Piero machucado. Iaquinta abriu o placar em Turim, mas o tcheco com nome de remédio Plasil igualou o marcador para o Bordeaux, dos brasileiros Fernando, Henrique, Wendell e Jussiê. E Buffon fez pelo menos dois milagres…

 

Palpite da classificação: Bayern e Juventus. Com o Bordeaux muito vivo na briga.

 

Grupo B

Wolfsburg – 3

Manchester United – 3

Besiktas – 0

CSKA – 0

 

Grafite é o nome do momento na Alemanha (e por aqui também…). Fez os três gols na vitória por 3 a 1 do Wolfsburg contra o CSKA, em casa. É um time sem grandes nomes (o mais conhecido é o nigeriano Oba-Oba Martins!), porém entrosado. E o CSKA (Guilherme e Daniel Carvalho no elenco) com problemas financeiros é coadjuvante.

 

Já o “renovado” Manchester precisou dos serviços do “garoto” Paul Scholes para derrotar o Besiktas, na Turquia, por 0 a 1. Quem conseguiu acompanhar o jogo até o final, sem dormir, afirma que… foi sofrível! Sir Alex Ferguson terá muito trabalho nesta temporada…

 

Palpite da classificação: Manchester United e Wolfsburg, com o CSKA tentando o milagre.

 

Grupo C

Real Madrid – 3

Milan – 3

Olympique de Mareseille – 0

Zurich – 0

 

Os Galácticos II estrearam contra o time mais fraco da chave, o suíço Zurich, fora de casa. 2 a 5 pros Merengues, com direito a dois gols de falta de Cristiano Ronaldo (com colaboração do arqueiro rival). Raúl, Higuaín (que agora será convocado por Maradona) e Guti, num golaço de assistência “Kakética”, completaram o marcador.

 

Vindo de resultados pífios no início do Calcio (0 a 0 com o Siena por exemplo), o Milan foi visitar o promissor Olympique de Marseille do técnico e ex-jogador francês Deschamps. Com Ronaldinho (e Huntelaar, Gattuso…) no banco, Leonardo apostou nos velhos Pirlo, Seedorf e Pippo Inzaghi pra difícil tarefa de estrear bem na França. Com dois gols do Highlander de Milão (e duas assistências do holandês camisa 10) o Milan venceu por 1 a 2. O gol do Olympique foi do argentino Gabriel Heinze.

 

Palpite da classificação: Depois deste tropeço em casa, Real e Milan. Mas este Milan 2009 é uma surpresa completa…

 

Grupo D

Chelsea – 3

Atlético de Madrid – 1

APOEL – 1

Porto – 0

 

O chato e burocrático time londrino do Chelsea encontrou o treinador perfeito: Carlo Ancelotti, chato e burocrático. Com mais um 1 a 0 (gol de Anelka), os Blues venceram o Porto, em Stamford Bridge. Helton teve grande atuação, evitando um placar mais dilatado. Mas aí Ancelotti ficaria triste; Ele prefere um placar bem magrinho.

 

Sabe onde fica o Chipre? Nem eu. Pois o Atlético de Madrid conseguiu empatar em casa com o APOEL, equipe que representa o minúsculo país europeu. O 0 a 0 talvez seja pela má influência que as seleções exercem sobre os principais jogadores do time espanhol: Diego Forlán (Uruguai), Simão Sabrosa (Portugal) e Sério Agüero (Argentina).

 

Palpite da classificação: Chelsea e Porto. Atlético de Madrid está se esforçando para ser a decepção da temporada.

 

Grupo E

Liverpool – 3

Lyon – 3

Fiorentina – 0

Debrecen – 0

 

Jogar pela primeira vez a Champions deve ser difícil para qualquer clube. Se a partida for contra o gigante Liverpool, em Anfield, o negócio fica feio. Mas os húngaros do Debrecen mantiveram a dignidade e quase engrossaram pra gurizada do Professor Rafa Benítez, que venceram por magro 1 a 0. Gol do (caneleiro) holandês Dirk Kuyt.

 

Um dos confrontos mais equilibrados desta primeira rodada (e que fatalmente definirá uma vaga à próxima fase) aconteceu entre Lyon e Fiorentina, na França. Num possível duelo de ótimos centroavantes (Gilardino e Lisandro López), quem decidiu foi o jovem meia bósnio-francês Miralem Pjanić. 1 a 0 Lyon dos brasileiros Cris e Ederson.

 

Palpite da classificação: Liverpool e Lyon, sem surpresas.

 

Grupo F

Dynamo de Kiev – 3

Barcelona – 1

Internazionale de Milão – 1

Rubin Kazan – 1

 

O jogo que todos esperavam. A volta de Ibracadabra para o San Siro, agora defendendo o Barça. Samuel Eto’o contra seu ex-clube. Júlio César, Messi, Diego Milito, Xavi… E foi um 0 a 0 com quase nenhuma chance clara de gol. A Inter jogou recuada, como se estivesse no Camp Nou. O Barcelona controlou a bola, mas sem muita vontade de se expor para atacar. O jogo de volta PRECISA ser melhor que este!

 

Andriy Shevchenko está de volta ao seu clube de origem (e de coração), o Dynamo de Kiev. O maior clube da Ucrânia inaugurou mais uma participação na Champions em casa, contra o russo Rubin Kazan. E foi surpreendido no primeiro tempo, chegando no vestiário com 1 a 0 para o Kazan, gol de Alejandro Domínguez (muito russo este rapaz!). Na segunda etapa, com direito a gol do ex-cruzeirense Gérson Magrão, o Dynamo virou para 3 a 1.

 

Palpite da classificação: Que dúvida… Barcelona e Internazionale. Sheva terá que fazer chover, algumas vezes, para classificar o Dynamo.

 

Grupo G

Sevilla – 3

Glasgow Rangers – 1

Stuttgart – 1

Unirea – 0

 

Na Alemanha um duelo entre times tradicionais, mas com elencos modestos. O Stuttgart aposta no habilidoso bielo-russo Aleksander Hleb e no interminável atacante brasileiro Cacau. Os Rangers apostam… na marcação, na força e na ligação direta defesa-ataque, como qualquer time escocês que se preze. No fim o empate em 1 a 1 foi muito bom para o time de Glasgow, e pode valer a classificação às oitavas no final da primeira fase.

 

Com dois gols brasileños o Sevilla assumiu a liderança do grupo G. Renato e Luís Fabiano determinaram o 2 a 0 pra cima do romeno Unirea. Como o jogo foi na Espanha , nada de surpreendente nesta peleja. A não ser o fato de que o treinador do Unirea é o ex-craque da seleção romena Dan Petrescu.

 

Palpite da classificação: Sevilla e Rangers, nesta ordem.

 

Grupo H

Arsenal – 3

Olympiakos – 3

Standard de Liège – 0

AZ Alkmaar – 0

 

O tradicional clube grego Olympiacos (agora treinado pelo Galinho de Quintino) recebeu a surpresa do campeonato e atual campeão holandês AZ Alkmaar. Só por quebrar a hegemonia eterna de Ajax e PSV o AZ merece nossa simpatia. E acabou dificultando o jogo para o time de Diogo (ex-Portuguesa) e Dudu Cearense. O gol grego só saiu aos 35 do segundo tempo, com Vassilis Torosidis, decretando a magra vitória por 1 a 0.

 

No limiar de uma crise técnica, de resultados e interna, os Gunners viajaram até a Bélgica buscando recuperação. Depois de duas derrotas em clássicos na Premier League (3 a 1 para o Manchester United e 4 a 2 para o Manchester City, com direito a gol e desabafo tresloucado de Adebayor), os comandados de Wenger necessitavam da vitória. Aos 5 minutos de jogo o modesto Standard abria 2 a 0! Aos trancos e barrancos o Arsenal conseguiu a virada, com direito a gol irregular (mão E impedimento no MESMO lance). O tento da vitória por 3 a 2 foi anotado por Eduardo da Silva.

 

Palpite da classificação: Arsenal e Olympiakos. A surpresa holandesa do AZ já surpreendeu demais!

 

Felipe Conti é colorado, gaúcho, canoense, goleiro, esquerdista, aspirante a jornalista. Nascido para ser do contra, desde março de 86. Escreve costumeiramente no Grenalzito e é titular das sextas aqui do Tisserand.

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Daniel Alves rindo de nervoso

Dani Alves depois de ir fumar na praça

 

O futebol recentemente apresentado por Barcelona e Manchester nos campeonatos nacionais e na Champions League me empolgaram. Pois o conservadorismo europeu, povo tão conhecido pela ponderação, pela parcimônia, fez sucumbir minhas profecias de placares elásticos. Apenas um gol nos dois jogos semifinais da Copa dos Campeões. E tudo será definido semana que vem.

 
Barcelona 0 x 0 Chelsea

 

Não fosse Petr Chec, o Barça sairia em vantagem na semifinal contra o Chelsea. É verdade que aquele chocolate prometido por mim não compareceu ao Camp Nou na última terça-feira. Messi foi discreto e Eto’o e Henry prudentemente marcados por Alex e Terry. Restou a Xavi e Daniel Alves a responsabilidade pelas grandes jogadas, belos passes e chutes perigosos. No grande lance do jogo, Eto’o – talvez na única iniciativa relevante dele – girou com velocidade sobre Alex, empurrou a bola entre as pernas de Terry e marchou na direção do gol. Ainda deixou, já na grande área, o zagueiro brasileiro, que se recuperara, deslizando a bunda no gramado, num drible desconcertante. Até parar, como todo o Barcelona, no reflexo das pernas de Chec.

 

No jogo de volta, em Londres, a postura do Chelsea deve ser diferente da única alternativa encontrada por Gus Hidink para travar o jogo envolvente catalão, a retranca amiga. Os Blues vão utilizar a supremacia física para exercitar duas de suas armas principais: a bola aérea e os chutes de longa distância.

 

Já o Barça não sabe, desde os tempos de Rijkaard, se defender. É um time de compulsória postura ofensiva, e assim o fará, mesmo em terras estrangeiras.

 

Manchester 1 x 0 Arsenal

 

Que gol, que nada! Cristiano Ronaldo tem mais com o que se preocupar

Que gol, que nada! Ronaldo tem mais com o que se preocupar

 

No confronto semifinal de hoje, o Manchester também me desmentiu. Foi mais incisivo que o Barcelona, o outro mandante, mas conseguiu apenas a vantagem de um gol, marcado pelo coadjuvante lateral John O’shea.

 

Cristiano Ronaldo (Na foto acima), acompanhou o principal rival na briga pelo título de melhor do mundo, o argentino Messi, e passou em branco. Rooney, Tevez, Anderson e o veterano Ryan Giggs, que ingressou no segundo tempo, foram o demais impedidos por Almunia, goleiro espanhol e arqueiro do Arsenal, a ampliar o placar.

 

É preciso considerar os desfalques titulares de Arsene Wenger: Van Persie, atacante canhoto habilidoso e de chute mortal; Clichy, lateral esquerdo veloz e mais experiente que Gibs, seu substituto; e o meia russo Arshavin, grande revelação do futebol europeu dos últimos dois anos, impedido de atuar na Champions League porque defendeu o Zenit na primeira fase.

 

Semana que vem tem mais. E os dois jogos em Londres:

 

Dia    Confronto    Horário    (Canal)

05/05   Arsenal x Manchester  15h45min   (ESPN)

06/05   Chelsea x Barcelona   15h45min    (ESPN)

 

Fotos: Daniel Alves rindo: news.bbc.co.uk; Cristiano e companhia: dalgum canto do Google.

 

Guilherme

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Barça e Chelsea: namoro antigo

Barça e Chelsea: namoro antigo

 

Hoje iniciam as semifinais da Copa dos Campeões da Europa. Como não poderia deixar de ser, alçamos as velas das Neo-Caravelas Tisserandas, singramos o Atlântico numa rota do descobrimento ao contrário e ferimos o céu azul que nos cobre nas últimas semanas para chegar a tempo no Camp Nou, palco maior do futebol Catalão, e assistir a Barcelona e Chelsea. 

 

E temos todos, como o senhorio que nos acompanha neste momento ou sua respeitosa senhora, a plena certeza de que o Barça deve vencer. Não será aquele mumu – congelado e servido no palito, já que o verão ainda não aportou no velho continente – como contra o Bayern, mas acreditamos que se habilite, com um resultado convincente, a chegar à final. O que pode arrastar pedras e transformar a temporada até aqui asfaltada e livre de maiores acidentes num paralelepípedo daqueles, é a maratona de decisões – entre as duas partidas contra os ingleses, um clássico no próximo domingo, contra o Real Madri, vice-líder do Espanhol, quatro pontos atrás dos catalãos.

 

Na partida de amanhã, o Arsenal joga ainda mais contra as probabilidades que o Chelsea. Se não acredito que Lampard e Drogba podem mais uma vez deixar o time de Londres entre os dois melhores da Europa, não levo fé, e aí suponho que o senhorio e sua parcimoniosa senhora também me acompanham – mesmo que corra o risco de ser acusado de pedante -, que o clone mais tosco de Drogba, Adebayor, o amarelão Fabregas ou as firulas de Wallcot possam aspirar maiores pretensões frente a Cristiano Ronaldo, Rooney e suas talentosas companhias.

 

É curioso que Barcelona e Manchester, os favoritos a ingressarem no Olímpico, em Roma, para a grande final, tenham sido sorteados mandantes do primeiro jogo da contenda semifinalística. Isso permite uma possibilidade não completamente provável, mas plenamente possível (e paro com os advérbios por aqui, antes que me acusem de plagiar o professor Ruy), de o segundo confronto ser mera formalidade ou cumprimento de tabela.

 

Desocupados do mundo detentores de canais fechados, uni-vos na assistência das partidas, que ocorrem em noites européias e tardes suadas de labor no Brasil.

 

Mais tardar, na próxima semana, assim que regressarmos do Além Mar, a cobertura das duas partidas e confirmações ou não dos resultados prometidos.

 

Achismos:

Barcelona 3 x 1 Chelsea (Messi acabará com o jogo, mas Lampard vai descontar para os ingleses)

Manchester 3 x 0 Arsenal (O time mais experiente e melhor de Fergusson não dará chances aos garotos de Londres)

 

Serviço:

Dia  Confronto  Horário  (Canal)

Hoje  Barcelona x Chelsea  15h45min  (ESPN)

Amanhã  Manchester Utd x Arsenal  15h45min  (ESPN)

 

Foto: independent.co.uk

 

Guilherme

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John, Paul, Ringo e George comemoram gol de Lucas

John, Paul, Ringo e George comemorando gol do Liverpool

 

Liverpool, cidade inglesa conhecida por ser o berço dos Beatles, e do time que leva o nome da cidade para o mundo, passou por uma semana de ADRENALINA, DOR e TRISTEZA: Ontem olhei o tape da histórica partida contra o Chelsea.

 

Nessa semana, o Liverpol sofreu a desclassificação da Liga dos Campeões para o rival Chelsea, do milionário russo Abramhovic. O jogo foi realizado no estádio Stamford Bridge, em Londres; uma partida que ficará na memória de ambas torcidas e de todos os apaixonados pelo futebol.

 

Os Reeds foram a campo decididos a atacar desde o principio; no jogo de ida, na casa deles, o resultado foi de 1 X 3 para os visitantes da capital; na partida de volta, foi um jogo aberto, bem diferente da cultura futebolística dos ingleses. Somente um milagre para a realização do triunfo dos Reeds: e em duas oportunidades, o feito esteve perto. Pois, no final do primeiro tempo, o Liverpool terminara com uma vantagem de 2 x 0, gols de Fábio Aurélio (ex-São Paulo) e Xabi Alonso.

 

Na segunda etapa, o Chelsea adotou uma postura diferente e com uma falha do goleiro Reina, Drogba desconta para os Blues. Seis minutos depois, o zagueiro Alex (ex-Santos) empata em uma cobrança de falta que mais parecia um míssil. Com o escore igualado, o Chelsea começou a administrar a partida e os adversários, desesperados, partiram para o ataque. Com isso, sofreram o terceiro gol, de Lampard.

 

O Liverpool tinha 14 minutos para fazer três gols. Quase impossível. Mas Lucas (ex-Grêmio) e Kuyt viraram a partida em dois minutos. A ADRENALINA tomou conta dos torcedores de ambas equipes. Histórico.

 

No entanto, aos 44 minutos, acontece o último ato dessa partida que está na história dos grandes jogos da Liga dos Campeões: Lampard, depois de boa troca de passes, chuta com precisão e a bola bate nas duas traves antes de adentrar a meta dos Reeds, liquidando a partida e o sonho do Liverpool de ir às semifinais da Liga.

 

Em entrevista, o jogador Lucas relatou que a equipe ficou TRISTE pela eliminação, e sabe que é culpada, devido às falhas no primeiro jogo. Não bastasse a eliminação para o rival da Capital, essa semana completou 20 anos da tragédia de Hillsborough, quando 96 torcedores do Liverpool morreram esmagados contra os alambrados devido à super-lotação do estádio na semifinal da Copa da Inglaterra daquele ano. “Você sente nos olhos dos torcedores a DOR, quando o mesmo assunto vem a tona”, afirmou Lucas.

 

Semana para ser esquecida pelos Reeds, que ainda brigam pelo titulo Inglês dessa temporada.

 

Foto: Blog Pequeno Grande Mundo

 

Jackson Rocha, O Bekinho.

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