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Posts Tagged ‘Fernando Carvalho’

Ontem, o Inter fez o seu terceiro aniversário da histórica conquista da Libertadores da América.  Para comemorar, a equipe do TFC divulga novamente o texto do articulista Fabio Araujo, publicada no livro Histórias Coloradas II – As cem melhores histórias campeãs da América.

EQUIPE TFC

O Maior Psicólogo que Existiu

Acordo com um barulho estridente em meus ouvidos. Eram 7h45 de 16 de agosto. Maldito celular. Lembro que foram menos de 3 horas de sono. Meus nervosos pensamentos passaram a noite vagando instintivamente em busca de um resultado positivo que, almejava presenciar na final do dia seguinte. O irritante som “nokia tune” selecionado em toque crescente, ecoava pelas paredes mofadas do meu quarto. Quem me ligaria a esta hora? Pensei no Carvalho. Em uma chamada eufórica, o Presidente estaria convocando os guerreiros alvirrubros para atropelar o tricolor paulista, na maior batalha vista no Gigante da Beira-rio. Mas não.

 

– Amoreco, o pai está mal. Está indo para o Hospital – contou-me entre soluços, minha noiva.

 

Não queria acreditar. Após um breve consolo, liguei para meu local de trabalho avisando que não poderia comparecer, dando as devidas explicações – certamente devem ter pensando que faltei por causa do jogo. Ao chegar na casa dela, tentei transmitir somente palavras positivas, mas, também muito abatido, não obtinha grande sucesso. Toda a programação pré-agendada pensando em concentração, bebida, tinha ido por água baixo. Não sentia vontade de sorver um gole de cerveja sequer. Rezava. Torcia muito pela recuperação do sogro, sem saber o que aconteceria nas próximas horas.

 

– Vai pro jogo, Amor. Eu vou ficar bem – disse.

 

Sentia-me orgulhoso. Ela sabia o quanto este jogo era importante para mim. Com o coração apertado, me despedi e voltei para casa, separar o manto sagrado, cada vez mais nervoso. Ora pela proximidade da grande final, ora por não ter mais notícias do sogro. Minha carona chegou em torno de 15h. Contei a situação para a esposa do meu ex-chefe, durante a viagem pra Poa, e fico mais calmo. Na capital, paramos pra pegar o seu marido que assumiu o carro, já muito entusiasmado. Atravessamos a Avenida Farrapos ao som de Festa no Apê.

 

– Fabinho, hoje é dia de festa pra gente! – comemorava meu ex-patrão, o Norberto.

 

Continha-me a um sucinto “É isso aí”. Não conseguia esquecer da situação de saúde que havia deixado para trás. Entramos cedo no estacionamento do Beira. Os caminhos enlameados nos levaram até uma vaga, um pouco longe do Estádio, próximo a Avenida Beira-rio. Desci do carro e recebi emprestada uma capa de chuva do Inter.

 

– Pega aí, piá – disse Norberto, já antevendo a chuva que chegaria nos minutos seguintes.

 

Vesti a capa e segui em direção as sociais – portão 24 -, já com o grupo de colorados, que juntos, acompanhamos toda a caminhada colorada na Libertadores. Os portões nem haviam sido abertos, mas as filas já se entrelaçavam pelo Gigante. Ficamos no final da fila da superior, que, sabe-se lá como, foi parar na Rampa de acesso ao Portão 24. A nossa fila, não achamos. Milhares de colorados, tentavam organizar de forma desordenada, dezenas de conglomerados que aumentavam rapidamente. Quando os brigadianos responsáveis pela revista, começaram a subir a rampa, foram veementemente aplaudidos pelos torcedores. Fato raro. As primeiras gotas de chuva caíram enquanto tramávamos uma estratégia para furar a fila que, nem ao menos sabíamos onde estava.

 

– É simples, quando o portão abrir, todo mundo se vira. Ao invés de ficarmos como os últimos da fila da superior, seremos um dos primeiros da nossa rampa – conjecturou um dos colorados.

 

Funcionou. Antes das seis e meia, já estava sentado, aguardando o início do jogo. Tempo que usei para fazer um lanche, ficar ligado no radinho e, aos poucos, vislumbrar o Estádio ser pintado de vermelho. Começava a me emocionar. Entretanto, a cada vez que ouvia “Serviço de Utilidade Pública” ecoados pelas caixas de som, imaginava, apavorado que viria um recado para mim. Não veio.

 

Minha festa começou pouco antes da partida. Mais de 50 mil colorados cantavam alegremente “Vamô, Vamô, Inter..” a espera da entra do time. Um cântico fortalecedor, de guerra, de paixão, de luta, de apoio incondicional ao colorado. Pela primeira vez no dia, deixei cair algumas lágrimas. O Hino Rio-grandense, cantado pouco antes, foi emocionante. Mas nada comparado à força do canto dessa torcida que tinha a certeza da Conquista da América. Com os olhos avermelhados, pensavam que todos ali tinham problemas, enfrentando suas mais variadas barreiras, mas mesmo assim estavam ali. Felizes. Com o Inter. Felicidade Plena.

 

Durante as próximas horas, senti-me leve. Coisa que nem um psicólogo conseguiria com inúmeras consultas. É a Força do Inter. Força que precisou ser mostrada dentro de campo, para garantir um emocionante 2 a 2 e a Conquista da América. O melhor jogo da minha vida. A maior festa que o colorado me proporcionou. Mesmo com a situação adversa, sem beber absolutamente nada, a torcida me enlevava a momentos de glórias inesquecíveis que levarei comigo, e, certamente, contarei para meus netos.

 

Obrigado, Inter. Obrigado, Beira-rio, o Maior Psicólogo que Existiu.

 

Fabio Araujo

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Água que passarinho não bebe

Água que passarinho não bebe

Em sua Coluna Semanal no Arena Vermelha, sob efeito etílico do Cavalinho Branco, Fábio Araujo transforma o silencioso Beira-Rio, ao final de Inter e Sport, em um Estádio repleto de celebridades como Bodinho, Fernandão, Cachaça e Perdigão. Para conferir, clique aqui.

 

Equipe TFC

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Os Fernandos são importantes na história do Internacional. Tanto o eterno Capitão quando o eterno presidente, hoje vice-presidente de Futebol. Sempre respeitarei ambos pelas suas histórias. Não ganharíamos Libertadores e Mundial sem a presença de ambos.

 

O Internacional tem milhões de torcedores, alguns deles ilustres, como a bela Renata Fan, que estão defendendo alguns dos lados nesta novela que tem que terminar de uma vez. Creio que cheguei a uma conclusão deste assunto quando a noite já chegava ao fim.

 

O que eu estou pensando não muda meu respeito a ninguém. Mas achei o Fernandão soberbo demais nas suas colocações, falando como se fosse o salvador da pátria colorada. “Comigo, o Inter teria chances de ser Campeão Brasileiro”. Mas vai te enxergar, tchê. Saiu daqui numa fase tão horrível quanto a que o D’Alessandro vive hoje. F9, teu histórico no clube é maravilhoso. Para este criado alvi-rubro que escreve neste espaço, continuarás sendo o maior (não o melhor) jogador da história do Sport Club Internacional. Mas que tuas palavras não foram nem um pouco humildes, ah, não foram mesmo. Tu sempre será O CARA, mas podia ter ficado sem cuspir essa. Quem fala o que quer, ouve o que não quer. E me parece que a tua estréia, capitão, será contra o Inter, no Beira-Rio. E lá, a coisa é diferente. Tu sabe do que estou falando.

 

E o teu retorno não incomodaria muita gente, não. Espero que tenhas falado isso naqueles momentos em que estamos com a cabeça cheia. E lembre-se: ninguém é obrigado a contratar ninguém. FC não teria porque mentir, assim como você.

 

F9, assim como FC viverão eternamente na mente dos colorados. Independente de onde estiverem.

 

“Meu retorno incomodaria muita gente”

Apresentado como ídolo no Goiás, Fernandão voltou a desabafar sobre aquilo que considera descaso do Inter com o seu interesse de voltar ao Beira-Rio. A mágoa do capitão do Mundial de 2006 em relação a Fernando Carvalho e Giovanni Luigi é grande e, ao que tudo indica, vai demorar a passar.

 

Segundo o jogador, Carvalho decidiu embarcar ao Japão para evitar dizer-lhe que não seria contratado. Uma semana antes da viagem, o dirigente anunciou que não iria à Copa Suruga com a delegação porque havia questões coloradas a serem resolvidas em Porto Alegre. Fernandão acreditou ser ele a questão colorada. Mas, quando soube que Carvalho voaria para o Japão, desconfiou de que algo não ia bem, passou a juntar as peças e a acreditar que o desejo do Inter não era o de repatriá-lo. Ainda mais depois que tentou telefonar 10 vezes para o vice de futebol. Nenhuma ligação foi atendida. Ligou para Luigi. Conversaram por meia-hora e o diretor de futebol garantiu ao jogador que Carvalho entraria em contato em 10 minutos.

 

– Carvalho não ligou. Depois, mandou um e-mail dizendo que seu telefone estava com dificuldade de conexão no Japão, que apenas o telefone do Chumbinho (o diretor executivo de futebol Newton Drummond) funcionava lá. Ficou incomunicável. No e-mail, recomendou que eu ligasse para o Vitorio Piffero. Ora, se não tinha interesse na minha contratação era só me dizer – desabafou Fernandão, em declaração ao repórter Felipe Gamba, da Rádio Gaúcha.

 

O capitão foi além. Acredita que o e-mail enviado por Fernando Carvalho tenha sido apenas para “ter uma carta na manga”, a fim de “justificar à opinião pública” que tinha interesse na sua contratação.

 

– Na primeira vez que fui para o Inter, o mesmo Fernando Carvalho veio pessoalmente a Goiás negociar comigo. Eu era um desconhecido. Agora, quatro anos depois, não sou mais um qualquer. Queria ter sido tratado com mais respeito. As pessoas que eu admirava me trataram como qualquer um – disse.

 

No caso Fernandão, o presidente Vitorio Piffero foi voto vencido. Ficou sozinho no desejo de levar o atacante outra vez para o Beira-Rio.

 

– Sei que o meu retorno incomodaria muita gente no clube. Comigo, o Inter correria o risco de ser campeão brasileiro – disparou Fernandão.

 

Direção vai tratar o caso como um mal-entendido

A direção do Inter não deseja entrar em conflito com Fernandão. Depois de publicar nota oficial no site do clube, declarando que as portas do estádio sempre estarão abertas ao jogador, manterá a versão de que havia interesse em repatriá-lo. Sabe que uma negativa ao atacante poderia não cair bem junto aos mais de 100 mil associados e tratará o caso como um “mal-entendido” entre clube e ídolo.

 

– Houve um ruído de comunicação, apenas isso. Fernandão é um ídolo eterno do Inter – afirmou Piffero.

 

Em setembro, o Inter lançará o boneco do Fernandão, na série Craques do Passado. Fernandão deverá estrear pelo Goiás no próximo dia 29, contra o Inter, no Beira-Rio.

 

Leandro Luz

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    Torcedor, os colorados me conhecem e sabem o quanto todos nós que trabalhamos no Inter amamos o clube. Lutamos para vencer, mas nem sempre isso é possível.

     

    Sempre que ganhamos — e estivemos juntos nas conquistas mais representativas — o mais importante foi a garra e a vontade de vencer.

     

    Nossos jogadores precisam de ti, precisam do teu apoio, precisam sentir o sangue ferver nas veias. Só há uma forma de isso acontecer: é com teu grito, com tua energia, com a tua força, acreditando sempre e incondicionalmente.

     

    Nem todos estarão no Beira-Rio, mas independente disso, onde estiveres, junta teu grupo, acredita em tudo, reza, faz promessas e manda energia positiva para nossos guerreiros que estarão em campo.

     

    Foi assim na Libertadores, no Japão e na Sul-Americana. E para quem for ao jogo, só há uma missão: apoiar! Acreditar que é possível! Acreditar sempre!

     

    O estádio vai explodir em energia, em vontade, em superação e em participação.

     

    Dentro de campo, vai ser um inferno para o Corinthians, que jamais esquecerá essa noite.

     

    Concentração, vontade, luta e garra dependem dos atletas em campo, mas para virar o jogo tua participação é indispensável.

     

    Segundo a segundo é que se constrói a vitória, com a soma de todos os esforços. O Beira-Rio vai rugir. Um forte e fraternal abraço.

     

    Envia a minha mensagem para os teus amigos e amigas. Vamos criar a maior corrente já vista em um clube de futebol, pois para o INTER nada é impossível.

     

    Fernando Carvalho

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Tiro no dedão do pé

Tiro no dedão do próprio pé

 

Repudio a iniciativa do nosso eterno presidente Fernando Carvalho de apresentar um ‘dossiê’ afirmando que a arbitragem está favorecendo o CUrintia M$I nesta Copa do Brasil.

 

Creio que a atitude do Carvalho tenha sido um tiro no pé, ou seja, vai acabar motivando nossos adversários para a final. Mostrar faixa, DVD com blá blá blá não foi uma boa idéia, na minha opinião.

 

Mas enquanto isso ocorre, creio que o lance é acabar com eles dentro de campo. ‘Suar sangue’, como se dizia na campanha fantástica do Inter em 2006, será o mínimo. Eu não acredito, TENHO CERTEZA. Mas para isso o time terá de jogar além do que sabe. A garra terá de ser cinco vezes a de outras partidas desta temporada. E por fim, quem terá de fazer um dossiê contra a arbitragem será a direção do CUrintia: vamos vencê-los por 4 a 1, com dois gols roubados. Para eles sentirem como é bom ser prejudicado.

 

E a festa vai ficar completa depois, na quinta-feira, quando as gazelas levarem uma surra da Raposa dentro do remendão da Azenha.

 

Foto: pe360graus.glob.com

 

Leandro Luz é formando em Jornalismo, colorado apaixonado, doente, louco, maluco, doidão pelo Inter. Escreve no Paixão Colorada.

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Contra o Juventude; contra o Caxias; contra o.....

Contra o Juventude; contra o Caxias; contra o.....

Assim como na final de 2008, eu estava com meu compadre na Popular – ambos alcoolizados. Assim como no ano anterior, não vi pelo menos três dos oito gols. E, assim como no campeonato passado, o adversário não era o Grêmio. Os aspirantes ao título vieram novamente da Serra Gaúcha, desta vez vestindo Grená: nova goleada de 8 a 1. Diante de tantas semelhanças, resolvi remar contra a maré, abordando a final de ontem a tarde partindo da premissa que foram jogos completamente distintos.

 

Em 2008, o Inter precisava amassar o Juventude. Jogou com ódio, com raiva. Cada gol era como uma cusparada no distintivo verde. A torcida rangia os dentes a cada bola na rede, radiante com a humilhação da Papada. O Juventude tinha que ser pisoteado, esculhembado, dizimado. Acabar com a moral e a honra da equipe até então, liderada por Zetti. E assim foi. O gol do Clemer selou a queda de um adversário que voltou ao seu local de origem: entre os medíocres.

 

Neste domingo, o espírito da torcida Colorada era mais Zen. Bastava vencer o adversário. Devido às acentuadas diferenças técnicas entre as equipes, os gols foram saindo ao natural. Menos de 30 minutos, a partida estava 4 a 0. A festa era total, mas não ouvia-se falar em humilhação e tampouco gritos de “timinho, timinho”.

 

O Inter soube respeitar o Caxias e, por isso, seguiu jogando sério. Ao término da primeira etapa, vencia pelo elástico placar de 7 a 0. O arqueiro do time da Serra partiu para o vestiário enxugando as lágrimas. Se fosse do Juventude, o momento seria eternizado entre os Colorados; como era do Caxias, havia uma certa dose de compreensão.

 

No segundo tempo, o time Colorado tirou o pé do acelerador e o Caxias conseguiu marcar seu gol. Neste momento, todo o Gigante do Beira-Rio começou a aplaudir a jogada do adversário. Isso mesmo, felicitando a jogada Serrana. O Torcedor sabia das limitações da Grená e aproveitou para fazer esta homenagem aos 11 atletas, que honrosamente estavam no gramado.

 

Para fechar o placar, o limitado Alvaro fez o dele: 8 a 1. De novo.

 

A principal diferença nas duas finais é que, caso tivesse outro pênalti, no final do jogo, certamente o batedor não seria o Lauro. Restava ao Caxias sair derrotado; não destroçado, esmagado e humilhado como ocorreu com o adversário no ano anterior.

 

Curtas:

 

  • A campanha do Inter no Gauchão foi irretocável: empatou apenas três, ganhou o resto. Foram mais de seis goleadas e média de quase três gols por partida.
  •  O Gauchão teve três gre-NAIS, com três vitória coloradas.
  • Campeão da Taça Fernando Carvalho, Taça Fábio Koff, melhor defesa, melhor ataque (do Brasil), artilheiro e melhor média de público.
  • Ontem, o gol mais comemorado foi o do Guinazu, disparado. E esse, eu vi. – o oôô oo o ô oo Ô GUINAZUUUUU.
  • Agora é colocar os pés no chão e seguir em frente, pois a caminhada é longa.

 

Fabio

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