“Quando eu nasci, Deus apontou o dedo em minha direção e disse: esse é o cara.” Romário.
Lendo o noticiário esportivo, especificamente no Blog Pffeifer esportes, vejo que o Romário finalmente irá se aposentar. Considero um momento histórico para o futebol mundial. Nem entro na questão do número de gols assinalados, mas pela qualidade técnica, conquistas e temperamento peculiar que ostentou durante a última década.
Talvez esteja postando sobre isso – aqui no Tisserand – somente para salientar que o clube em que ele mais marcou gols em sua carreira foi o Grêmio. Ou até mesmo, pela Copa de 94, a única que torci de verdade para o Brasil.
Na copa de 94, como todos sabemos, ele “comeu” a bola, dando o Tetra para a nossa seleção num campeonato que teve o gozado goleiro sueco Ravelli, fazendo caretas e piruetas; o craque Maradona pego por doping; o louco do Leonardo dando uma cotovelada criminosa; e pasmem, a Bulgária numa semifinal de Copa do Mundo. Além de claro, o Baggio batendo um tiro de meta na final, na cobranças de pênaltis – semelhante a cobrança do Fernando, do Inter, contra o América Mineiro.
Mas, a minha admiração pelo Romário, nasceu um ano antes – nas eliminatórias – jogando no Maracanã, contra o Uruguai. O goleiro Sibolde tirava até a mãe de dentro do gol. Para o azar dele, o Baixinho tava em campo, arrematando dois golaços: um de cabeça – alto como ele é – e um driblando o arqueiro uruguaio. Virei fã.
E foi assim por anos. Romário jogando, Romário marcando – ou bagunçando, ou brigando, ou dizendo bobagem. Ele pode. Nos áureos tempos, era assim: ninguém segurava o Baixinho. Quer dizer, exceto o Márcio Tigrão.
Fábio