Assim como os fotógrafos de revistas masculinas aspiram fotografar mulheres do quilate da Sheila Mello, jornalistas sonham com os entrevistados dos sonhos. Nós, do Tisserand FC, amantes do bom jornalismo, levaremos até você, caro leitor, fontes que realmente tenham conteúdo para ser explorado, tecendo comentários sobre suas carreiras, e, como não podia faltar, o futebol, tema principal deste sítio, fazenda, granja, enfim.
Por estarmos engatinhando rumo ao estrelato da internet brasileira, nossos produtores não têm o devido reconhecimento para pleitear bate papos com famosos. Com isso, estabelecemos algumas regras para os participantes deste novo quadro, intitulado Terça Tisser Entrevista.
• Tem que ter partido desta, para uma melhor (Vulgo céu)
• Reconhecimento em algum segmento da sociedade. Pelo menos um.
• Ser maior de 18 anos.
• Tratar com respeito os respectivos entrevistadores.
• Concordar que tudo isso não passa de uma obra ficcional e caso o leitor pense que alguma linha transcrita aqui seja verdadeira, é porque tem graves problemas de interpretação de texto, fazendo parte da vasta trupe de analfabetos funcionais. Este grupo de leitores, a propósito, dispensamos (Piti do redator).
Para iniciar esta série de entrevistas, um mineiro nascido em Palmira, no ano de 1873. Muitos o consideravam um louco inconseqüente ; outros, um visionário que imaginava o mundo décadas à frente de seu tempo. A grande verdade é que ele foi o responsável por um dos maiores inventos da história mundial. Passados alguns anos sem conceder entrevista, abriu exceção para o articulista do TFC Fábio Araujo, dividindo seu precioso tempo, falando um pouco de sua história, seu maior invento e palpites para o campeonato brasileiro. Apesar de não ser da Coligay, é Imortal.
Antes de escalar o telhado, pertenceu a Academia Brasileira de Letras. Alguns de seus escritos podem ser conferidos aqui, e sem custo algum. Com vocês, Alberto Santos Dumont.
O primeiro torcedor atleticano
TFC -Para mim, é uma honra falar contigo. Por que ficaste tanto tempo sem conversar com a imprensa?
Santos Dumont – Achei melhor dar um tempo para mim. E para vocês também. Chega um momento na vida da gente, que ficamos a maior parte do tempo refletindo sobre o mundo.
TFC – Fiz um curso de piloto privado, estudei muito sobre suas invenções. Algum momento pensou em desistir?
S D – Que pergunta medíocre, amigo, por favor. E outra, o que acrescenta a teus leitores que fizeste tal curso? No meu tempo, época em que nem existiam academias de jornalismo, já era sabido que o entrevistador não deve aparecer mais que a fonte. Mas enfim, quanto a sua pergunta, pensei sim, mas sempre fui resistente e acreditei nos meus sonhos.
TFC – Vamos falar de futebol, então. Qual o seu time?
S D – Nunca gostei de futebol, mas penso que seria atleticano. A persistência e perseverança deles são de causar inveja, de comover. Uns heróis.
TFC – E o Brasileirão deste ano?
S D – Esse Inter, aí da tua terra, até tem um time ajeitadinho, mas, dando crédito ao meu estado, creio que o Cruzeiro irá longe.
TFC – Um recado final.
S D – Agradeço por ser o primeiro entrevistado deste quadro, lamentando por perguntas tão infundadas, e digo para teus leitores, se é que tenha algum, para nunca desistir dos seus sonhos. Persistência sempre. Obrigado.
O TFC abre espaço na caixa de comentários para sugestões de novos entrevistados.
Foto: santosdumont.org.br
Fabio
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