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Posts Tagged ‘Centenario do Inter’

 

Assim como o fenômeno que ocorre com a torcida Colorada, os Colaboradores Vermelhos no Tisserand FC não param de aparecer. O estreante da vez é o quase jornalista Leandro Luz. Colorado de fé, corneteiro de carteirinha. Neste primeiro texto, o alvirrubro de Imbé descortina os principais momentos de sua vida, entrelaçando com maestria com as principais partidas do Internacional.

Equipe Tisserand FC

 

 

São 100 anos de alegrias, tristezas. Cem anos de paixão. Sentimentos diversos, indescritíveis. Cem anos de emoção.
 
Óbvio que não vivo o Internacional desde sua fundação, pois tenho apenas 28 anos. Mas posso dizer que desde que era um feto vivi as emoções de ser colorado. Nasci em 1980, ano em que o Colorado foi vice-campeão da Libertadores, perdendo para o Nacional do Uruguai a decisão. Minha mãe, colorada, sofreu com isso e eu junto. Antes de estar na terra já conhecia as dificuldades e alegrias de ser torcedor do Inter.
 
Talvez eu pudesse me tornar gremista, pois meu pai é gremistão, mas como minha mãe se separou dele quando eu tinha apenas nove meses e não tivemos uma convivência diária, não fui influenciado por ele.
 
Mas tinha a minha avó materna. A “Vó Tetê” era gremista e chegou ao ponto de comprar uma camiseta do azenha f.c. pra mim. Mas minha mãe foi rápida: comprou um manto sagrado do Internacional e acabei escolhendo a vermelha. A Vó Tetê morreu quando eu tinha quatro anos e também não pode tentar me fazer virar a casaca.
 
Os anos passaram e a paixão foi aumentando cada vez mais. Lembro de Bobô, do Bahia, nos tirando o título Brasileiro de 1988. Do Flamengo matando a gente um ano depois. O Olímpia nos tirando da decisão da Libertadores… desgraças? Sim. Mas também lembro de alguns Gauchões nos anos 80. Do gre-NAL do Século…
 
Me lembro dos anos 90. Época de crescimento do arqui rival. Mas antes tivemos uma grande alegria, que foi a conquista da Copa do Brasil, no Beira-Rio em cima do Fluminense. E o grêmio acumulou essa taça e ainda por cima ganhou mais uma Libertadores. Era complicado ir para a Escola, aguentar os amigos gremistas.
 
Foi nos anos 90, uma das piores décadas da história colorada, que a minha paixão aumentou. Em setembro de 1995 ingressei no quadro de funcionários do Clube, estreitando laços com jogadores, comparecendo a quase todos os jogos. Tive momentos felizes e tristes dentro e fora de campo como funcionário. Conheci muita gente legal e daí decidi fazer jornalismo, pois sonhava em ser repórter de rádio. Meu ciclo como funcionário do Inter terminou em 1999, quando pedi demissão pois outras oportunidades haviam surgido.
 
O século XXI prometia ser melhor. De 2002 a 2005 emplacamos quatro conquistas consecutivas no regional e fomos vice-campeões brasileiros em 2005, quando o Zveiter nos tirou o título no canetaço.
 
É redundante falar da história recente do Inter. Libertadores, Mundial, Recopa, Sul-Americana… sempre amarguei, quando criança e adolescente, uma situação difícil em torno de títulos e da situação do Colorado. Mas hoje sou adulto, amadureci, assim como minha paixão pelo clube, comparada a minha família, e tenho certeza que vivemos uma nova era, que há de durar para sempre.
 
Essa foi a melhor maneira que encontrei para escrever alguma coisa sobre o Centenário. Na verdade não sobre o Centenário, mas sobre minha paixão e das dificuldades que foram e serão sempre superadas pelo amor que tenho pelo Internacional. O texto deve estar meio sem sentido, mas é de coração. Escrevo com o pouco tempo que tenho, pois o trabalho demanda muitas horas da minha vida. Mas para o Inter eu tenho que ter tempo.
 
Obrigado por tudo, meu clube, meu amor. Esse sentimento nunca vai acabar.
 
E que venham os putos do Grêmio.

 

Leandro

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Hora do sorriso. A Monalisa do Beira Rio

Hora do sorriso. A Monalisa do Beira Rio

 

Colorados e demais torcedores que visitam o Tisserand FC: esta noite que está prestes a entrar é mais que histórica, é única, é nossa.

 

 

Com a organização do Almoço Centenário, em Guaíba, não tive tempo de fazer um texto das dimensões que a oportunidade pede. Logo, vou deixar aqui um texto do meu colega de Histórias coloradas II, Emanuel das Neves, que dispensa comentários.

Abaixo desta Obra, as 10 vitórias mais marcantes em minha vida.

 

 Mestre,

Não sabemos onde te encontras agora, mas temos a convicção de que manténs lugar cativo no círculo destinado aos precursores das grandes coisas. Na certa, tua mente brilhante e ávida faz par com as de vultos nobilíssimos, orbitando em searas de alta ordem, empenhando-se em labores de inimaginável importância. Assim, de antemão, desculpe-nos por tomar teu tempo – se é que aí há tal medida.

 

Mas a verdade, mestre Henrique, é que aqui o quarto mês do ano já chegou e pôs-se a caminhar. Logo ali à frente, suplantará o seu terceiro dia, presenteando o peso de um século dos nossos à maior das tuas obras. Sabe-se lá em quais tarefas tens te embrenhado por aí desde que prematuramente partiste, em que projetos – decerto magníficos – dispensaste tuas atenções nesse período todo. Mas se tiveste a oportunidade de acompanhar o andamento do prodígio que ajudaste a nascer, percebeste o quanto crescemos desde a época da Rua Arlindo.

 

É provável que, na arrancada de nossa epopéia, tu não pudesses vislumbrar um horizonte tão maravilhoso quanto o que veio a se concretizar. Pois saibas, mestre, que tudo se deu à reboque do teu idealismo. Os preceitos que nortearam tua vida e teus atos estão impregnados naquilo que um dia tu chamaste de Sport Club Internacional. Escondida por trás das 13 letras do nome do clube que amamos, sustentando o brasão campeão de tudo neste planeta, existe toda a série de valores que moldaram tua conduta e tua forma de pensar.

 

Quando a pena rubricou teu aval na ata fundamental da instituição que agora torna-se secular, tu – talvez sem imaginares – preenchias o requisito positivista de perenizar-se pelo feito. E não paraste por aí.

 

Se puderes, corra a linha do tempo até um domingo qualquer e admire o estádio lotado. É um portento, grandioso demais até no nome. As multidões se vão até ele em carreira, acodem-se em verdadeiras e intermitentes procissões. Há na velha arena da Padre Cacique, por onde quer que se mire, toda a sorte de simbolismos coletivos e particulares. Cada pedaço do Gigante abriga em sua memória centenas de pequenos milagres e tragédias, de confissões, promessas e êxtases hieráticos – muitos vividos sobre joelhos quedados no cimento, sublimados em rostos traçados por lágrimas. Sentando-se em qualquer ponto, vê-se o chão cor de esmeralda e seus arcos brancos – e eles sugerem tudo de mais bendito que possa haver.

 

Não seria um templo, mestre Henrique?

 

Quem defende o clube que tu criaste possui uma maneira única de enxergar a vida: toda ela à mercê do Internacional, ao sabor dos seus desígnios. Há a verdadeira dependência pela camisa cor de sangue, armadura da alma, manto obrigatório em nossa liturgia – e vesti-lo constitui-se genuflexão bastante singular. Há a reverência eterna a Pirilos e Tesourinhas, Larrys e Bodinhos, Figueroas e Falcões, Tingas e Fernandões, figuras a quem encaramos em pleno torpor, marejando os olhos – e, misteriosamente, nos parecem carregar halos sobre a fronte. E o que seriam os cantos senão verdadeiras chaves místicas, conexão instantânea com nossa essência, preparando a atmosfera em átimos, impelindo-nos força indizível? O Celeiro de Ases em uníssono é praticamente um transe coletivo.

 

Não seria um culto, mestre Henrique?

 

O clube altruísta e igualitário que tu imaginaste, a instituição sem barreiras de qualquer tipo, que abriria a porta do esporte a todos, confirmou e extrapolou os seus propósitos. Democraticamente, aceitou simpatizantes de toda a espécie, instaurando novos paradigmas, exatamente como tu determinaste. Porém, não se poderia prever que, uma vez identificado ao Clube do Povo, o colorado não encontraria mais opções: pegaria-se controlado pela ditadura da paixão vermelha, envolvido a ponto de nada mais importar, preso e fiel ao solitário dogma de amar o Internacional sobre todas as coisas.

 

Graças a Deus.

 

Mestre Henrique, tu superaste Castilhos e Comtes, criaste tua própria doutrina. Hoje, somos mais de oito milhões de adeptos do Coloradismo de Poppe, na vertente única do amor irrestrito à Academia do Povo.

 

Na aurora do primeiro centenário do Sport Club Internacional, a nação alvirrubra agradece ao seu fundador por ter criado a nossa razão de viver.

 

Muito obrigado, mestre.

 

Em nome da centenária família colorada.

Emanuel das Neves

 

Vitórias:

 

 

10 – Inter 4 x 1 Palmeiras – Brasileirão de 1992 ou 1993. Meu primeiro jogo. Dispensa comentários.

9 – Inter 5 x 2 Paraná – Copa do Brasil de 2008.  Uma das viradas mais emocionantes que vi no Gigante.

8 – Inter 1 x 0 Palmeiras – Brasileirão de 1999. O Jogo do apagão. Matamos o Felipão e seguimos na Primeira.

7 – Paysandu 0 x 2 Inter – Brasileirão 2002. O jogo da mala preta? Não sei. Só sei que Librelato é eterno.

6 – Inter 1 x 0 Grêmio – Gauchão de 1997. Fabiano cachaça “lesionado” entrou e matou eles.

5 –Inter 5 x 2 Grêmio – Brasileirão de 1997. De novo Fabiano, o melhor jogo da carreira.

4 – Inter 8 x 1 Juventude – Gauchão 2008. Histórico. Arrebatador. Salve Clemer.

3 – Inter 2 x 1 Al Ahly – Semifinal do Mundial, 2006. O início da conquista. O jogo-do-ombrinho-do-pato

2 – Inter 2 x 1 São Paulo – Final da Libertadores, 2006. Um dos melhores jogos da minha vida. Sobis destruiu.

1 – Inter 1 x 0 Barcelona – Mundial Interclubes, 2006. Um dia sem fim, uma noite sem fim. Uma vida eternamente grata por ter presenciado este momento.

 

Foto: Globo Esporte ponto com.

 

Fabio

 

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Um vale de lágrimas vermelhas

Um vale de lágrimas vermelhas

 

 

Conforme prometido aqui, hoje inicia as postagens sobre os 30 jogos do Inter que marcaram a vida do articulista Fabio Araujo. Não necessariamente se tratam dos jogos mais importantes, apenas os mais marcantes, seja qual for o motivo. Serão três postagens divididas entre derrotas, empates e vitórias. As atualizações ocorrerão nos próximos dois dias.

Equipe Tisserand

  Derrotas

 

 10 – Bahia 5 x 4 Inter – Uma derrota feliz, pois garantimos a vaga na Copa do Brasil.

 

9 – Palmeiras 1 x 0 Inter – Segundo turno do brasileirão 97. O juiz inventou uma falta e o Viola marcou de cabeça. Ali começou a desandar a barca do burro do Roth.

 

8 – Grêmio 1 x 0 Inter – Gaúchão de 2000. Na época em que o Ronaldinho marcava gols na gente. Neste jogo, arrematou, de falta.

 

7 – Bragantino 1 x 0 Inter – Ficamos fora do Brasileirão 1996. O Leandro narigudo errou um pênalti e afundamos naquele ano.

 

6 – Ceará 1 x 0 Inter – Copa do Brasil de 1994. Uma das derrotas que mais chorei após o jogo.

 

5 – Boca Juniors 4 x 1 Inter –  Sulamericana de 2005. Que raiva.

 

4 – Boca Junior 4 x 2 Inter – Sulamericana de 2004. Grande Clemer.

 

3 – São Caetano 5 x 0 Inter – Brasileirão 2003. Tinha de tudo para garantir a vaga na Libertadores, mas…

 

2 – Grêmio 4 x 2 Inter – Brasileirão 2001. O meu maior medo era tomar o quinto. O melhor da tarde foi a puxeta do Luiz Claúdio.

 

1 – Inter 0 x 4 Juventude – Copa do Brasil de 1999. Antes de começar a partida, o Estádio tremia. Após, uma desolação total; a maior que vivi no Beira-Rio.

 

Foto: ClicRBS

 

Fábio Araujo

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  • Faltando exatamente um mês para o Centenário do Inter, o Tisserand FC abre um especial dos 30 jogos que marcaram a vida do articulista do Inter, Fábio Araujo. Serão retratadas até o dia 4 de abril, as 10 derrotas, os 10 empates e as 10 vitórias que ele levará na memória para o resto de sua vida. As postagens começam nos próximos dias.

 

Equipe Tisserand

     

Amigo Colorado,

 

Estamos prestes a vivenciar um momento histórico em nossas vidas. Talvez ainda não tenhamos mensurado a importância do ano de 2009, para nós colorados.

Há quase 100 anos, os irmãos Poppe criavam o Clube do Povo do Rio Grande do Sul. Aos poucos, o nosso amado Alvirrubro foi ganhando notoriedade, e, rapidamente, tornou-se a força-máxima do estado e um dos maiores do Brasil. Hoje, somos o único time gaúcho Campeão do Mundo FIFA.

E sempre na primeira divisão.

Mas, falar de nossas conquistas, tomaria muito de seu tempo, afinal, somos Campeões de Tudo. Gostaria apenas de lembrar o quanto o Inter é importante para ti, Colorado.

Os mais maduros deixam escorrer lágrimas ao lembrar do iluminado gol de Figueroa. Os mais jovens, no entanto, recordam lance por lance os gols de Sóbis, Tinga e Fernandão na Libertadores e da jogada épica contra o Barcelona, culminando com a conclusão de Gabiru. Emoção única na vida de todos nós.

Isso é inter.

Não são apenas jogos. É muito mais. O Inter é amor, é paixão é parte de nós, que levaremos no coração para o resto da vida.

Lembre de todos os jogos, Colorado, os abraços e conquistas que tivemos, das inúmeras camisetas e bandeiras guardadas no armário. Em todos os momentos importantes de sua vida, o Inter estava contigo. Chegou a hora de retribuir todo esse amor em uma grandiosa festa centenária.

E por todos esses motivos, não podemos deixar esta data passar em branco. Junto contigo, vamos pintar Guaíba de vermelho e branco, realizando a maior festividade esportiva da história de nosso município.

O almoço será no dia 4 de abril no CTG Gomes Jardim.
Em breve, os ingressos – que custam apenas R$ 18,00 (buffet liberado e estacionamento incluso) – já estarão sendo comercializados em nossos pontos de venda.

 

Contamos contigo.

 Fabio

Nesta noite, todos no Gigante para acompanhar a partida decisiva contra o União Rondonópolis, a partir das 19h30. Na foto, Bus colorado durante viagem para o Beira-Rio. Da esquerda para direita, Ricardinho, Boca Nua, Fabinho e Bekinho.

Trago no Bus, na ida, todos sóbrios

Trago no Bus: na ida, todos sóbrios

 

  

 

Foto: Divulgação/Celular do Bekinho

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